Kelvia Maria Ramos Ronqui
UME Profº Mário de Almeida Alcântara
Santos, SP
O projeto “Box Maker” ocorre em escolas-piloto na cidade de Santos, no segmento de Educação de Jovens e adultos – EJA, primando pelo movimento “mão na massa”, com o intuito de resolver situações-problema e criar protótipos que auxiliem de algum modo a sociedade.
Inicialmente, aborda-se as aplicações tecnológicas e suas funcionalidades, permeando pela evolução da tecnologia e suas implicações na vida prática. A partir de então, o primeiro contato com o “físico” dá-se por intermédio de leds, com a ação de ligar e desligar usando pilhas e baterias, sendo evitada qualquer orientação técnica a priori, ou seja, tudo ocorre mediante as explorações dos alunos.
Esses momentos são extremamente valorosos, pois é possível relacionar ao fazer muitos dos conceitos estudados na escola. Nesse sentido, as aulas acontecem e evoluem de acordo com as vivências e experiências dos envolvidos. As atividades são articuladas de forma colaborativa, em que cada um contribui de alguma maneira, gerando um aprendizado construído a muitas mãos.
Após o desvendar de alguns princípios básicos, parte-se para a programação com o software scratch, depois para a integração da programação da placa por meio do software scratch para arduino – S4A. Durante a criação de pequenos experimentos (ligar leds, construir semáforos, ligar buzzer, entre outros), os próprios alunos vão experimentando e descobrindo outras possibilidades.
Em 2017, construiu-se como produto final do projeto um robô que utilizava material reciclável, placa arduino, protoboard, jumpers e sensores com movimentos controlados pelo auxílio de um tablet. Passada essa etapa, começou-se a pensar em como solucionar problemas presentes no cotidiano.
Assim, surgiram inúmeras ideias, estas de grande relevância de acordo com o ponto de vista dos envolvidos. Levando em conta que todos esses projetos já possuem um escopo, será dada continuidade no processo de prototipagem em 2018.
Portanto, acima de qualquer conhecimento, o que se viu de mais significativo foi o resgate da autoestima dos alunos. Note-se que as vivências adquiridas ao longo do projeto propiciaram-lhes novas perspectivas, entre elas, a de se sentirem capazes de realizar qualquer coisa.